Uma cidade como a nossa deveria ter uma audiência pública por semana, pelo menos. A saúde, a educação, a cultura, a segurança, os assuntos da ordem do dia, enfim, poderiam ser discutidos em local aberto, na presença dos interessados, mesmo que fossem poucos.
Aquilo que não se verbaliza, que não se submete à apreciação de olhares diferentes fica aquém das possibilidades, quando não fracassa completamente, ou então, as pessoas ficam fazendo umas ideias tolas ou descabidas das situações de interesse comum, por falta de esclarecimento. Isso acumulado, ano após ano, resulta numa sociedade conformada com o menos e ocupada com intrigas banais.
Estamos acostumados à menor participação, menos segurança, menos cultura, menos respeito aos direitos e deveres, menos qualidade de vida, enfim, inclusive porque há sempre aqueles que ficam deslumbrados com uns pequenos avanços e nem querem admitir o quanto temos para melhorar.
O problema é que fazer eventos públicos, por mais simples que sejam, dá trabalho. Primeiro, temos poucos espaços públicos adequados e depois falta gente disposta a dedicar esforço à reflexão e à ação. Falta articulação também. Todo mundo conhece alguém que tem ideias para melhorar a cidade, mas essas pessoas em geral querem atuar em grupos apartados. Não se consegue estabelecer uma agenda comum.
Qual é a agenda dessa cidade a curto, médio e longo prazo? São João com bandas caras e as famigeradas eleições? É apenas isso o que move os jacuipenses a pensarem no amanhã? É possível que sim, pelo menos para uma maioria que não aprendeu de berço a pensar na coletividade. Posso arriscar dizer que estamos cercados de individualistas e que alguns deles assumem o poder com a carta branca que a população desinformada lhes dá. Servem-se dessa desinformação para perpetuar o triste círculo vicioso dentro do qual se encontram até pessoas que pareciam ter uma compreensão melhor das coisas.
A medida mais apropriada, portanto, para reverter tal situação é a educação para a cidadania, uma educação que deveria ser oferecida sobretudo aos pais, porque trago uma sutil desconfiança de que aqui se criam filhos meramente para o sucesso pessoal, para irem embora galgar posições elevadas no mercado de trabalho e voltarem depois, exibindo seus progressos materiais. Diante dessa realidade preocupante, vale a pena conhecer o movimento da “vida simples” pelo qual pessoas estão trocando seu alto padrão de vida nas capitais por singelas moradias no interior, um interior como o nosso, que poderá ser bem melhor, quanto mais seus moradores se envolverem em saudáveis questões.
Aquilo que não se verbaliza, que não se submete à apreciação de olhares diferentes fica aquém das possibilidades, quando não fracassa completamente, ou então, as pessoas ficam fazendo umas ideias tolas ou descabidas das situações de interesse comum, por falta de esclarecimento. Isso acumulado, ano após ano, resulta numa sociedade conformada com o menos e ocupada com intrigas banais.
Estamos acostumados à menor participação, menos segurança, menos cultura, menos respeito aos direitos e deveres, menos qualidade de vida, enfim, inclusive porque há sempre aqueles que ficam deslumbrados com uns pequenos avanços e nem querem admitir o quanto temos para melhorar.
O problema é que fazer eventos públicos, por mais simples que sejam, dá trabalho. Primeiro, temos poucos espaços públicos adequados e depois falta gente disposta a dedicar esforço à reflexão e à ação. Falta articulação também. Todo mundo conhece alguém que tem ideias para melhorar a cidade, mas essas pessoas em geral querem atuar em grupos apartados. Não se consegue estabelecer uma agenda comum.
Qual é a agenda dessa cidade a curto, médio e longo prazo? São João com bandas caras e as famigeradas eleições? É apenas isso o que move os jacuipenses a pensarem no amanhã? É possível que sim, pelo menos para uma maioria que não aprendeu de berço a pensar na coletividade. Posso arriscar dizer que estamos cercados de individualistas e que alguns deles assumem o poder com a carta branca que a população desinformada lhes dá. Servem-se dessa desinformação para perpetuar o triste círculo vicioso dentro do qual se encontram até pessoas que pareciam ter uma compreensão melhor das coisas.
A medida mais apropriada, portanto, para reverter tal situação é a educação para a cidadania, uma educação que deveria ser oferecida sobretudo aos pais, porque trago uma sutil desconfiança de que aqui se criam filhos meramente para o sucesso pessoal, para irem embora galgar posições elevadas no mercado de trabalho e voltarem depois, exibindo seus progressos materiais. Diante dessa realidade preocupante, vale a pena conhecer o movimento da “vida simples” pelo qual pessoas estão trocando seu alto padrão de vida nas capitais por singelas moradias no interior, um interior como o nosso, que poderá ser bem melhor, quanto mais seus moradores se envolverem em saudáveis questões.
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