O MMTR (Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais e  Agricultoras Familiares de Riachão do Jacuípe), reuniu neste sábado (26)  pela manhã mulheres da zona rural no Clube Lira 8 de Setembro em  Riachão do Jacuípe.
As  militantes sociais debateram sobre Políticas Públicas para Mulheres em  Riachão. Segundo uma das militantes e organizadoras do Seminário, Mara  Araújo, o evento faz parte do Projeto Federal Março Mulher que junto com  o Movimento Nacional de Mulheres já realizou três Conferências sobre a  mulher, enquanto a nível Municipal ainda não aconteceu nenhuma em  Riachão.
“A  intenção é fomentar políticas públicas para mulheres em Riachão e  organizar futuramente uma Conferência para pensarmos os espaços de  atuação da mulher na sociedade, por exemplo, em Riachão não temos  nenhuma mulher ocupando na Câmara Municipal o cargo de vereadora”,  justificou.
O  Seminário contou com a participação de mulheres das comunidades rurais  de Mandassaia, Licurí, Lagoa do Golfo, Chapada e Barreiros. Além disso, a  mesa que mediou o evento foi composta pelas mulheres Maria Vandalva,  Técnica de Gêneros do MOC, da médica Gleide Dórea, da Historiadora e  professora Marinélia Silva, e de Néia Bastos, representante da Deputada  Estadual Neuza Cadore.
Debates
A  médica do Município, Gleide Dórea, iniciou sua fala criticando a falta  de políticas públicas e de manifestações no dia 08 de março para as  mulheres por parte da sociedade civil e da gestão pública em Riachão do  Jacuipe.
Já  a Historiadora e Doutoranda Marinélia Silva abordou sobre o tema “A  mulher na política jacuipense”. Em sua apresentação ela falou de  mulheres que já despontam no cenário político como Tânia Matos,  candidata a prefeita nas eleições passadas em Riachão, e da própria  Gleide Dórea, que promete se candidatar em eleições futuras.
Segundo  ela, só cinco mulheres passaram pela Câmara Municipal, as ex-  vereadoras Catarina Roma, mais conhecida como Catarina do Hospital,  eleita em 1989 a 1992, Nilza do Barreiros, Anaivânia Soares e outras.  Marinélia lembrou ainda de mulheres como Idalina Soares, que já lidera  por muito tempo a Lavagem das Prostitutas a São Roque em Riachão.
Avaliar conquistas
A  técnica do MOC Maria Vandalva defendeu que o momento é, sobretudo, de  avaliar as conquistas e de pensar na importância dos desafios, de  projetar caminhos para o futuro das mulheres.
Para  Néia Bastos, quando se fala no “Março Mulher”, fala-se de atividades  que o Movimento Nacional vem realizando em todo o país. 
“No  nosso caso, falamos das ações que estamos sempre promovendo e apoiando  aqui em nossa região, sobretudo focando na violência contra a mulher,  que nos leva a pensar no tema ‘Participação e controle Social da Mulher  nos espaços sociais’, espaços esses que ela só conseguirá conquistar  quando superar suas limitações”, defendeu Néia.
O  evento contou ainda com a participação e animação das mulheres  sambadoras da Comunidade da Mandassaia, as mesmas integram o Grupo de  Samba de Roda Arte Mulher.
“Estou  muito feliz em ver tantas mulheres começando a se organizar em busca de  seus espaços”, disse Hosana Carneiro, integrante do movimento.
Por Laura Ferreira 
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