Muito encanto, magia e perfeição é o que o Grupo de Dança  “Tributo ao Corpo” tem mostrado em suas apresentações nos finais de  semana em Riachão do Jacuípe, na região sisaleira da Bahia. 
No  último sábado, dia 06/02, o Tributo ao Corpo, dirigido pelo coreógrafo  Jorge Cavalcante apresentou-se no colégio João Campos e mais uma vez  encantou a platéia.
 Na  oportunidade, com um grupo de mais ou menos 30 adolescentes, o Tributo  ao Corpo mostrou para a comunidade Jacuipense porque precisa de seu  apoio quando arrancou aplausos demorados com as seguintes coreografias:  Existência, que ilustra a existência no planeta, Coreografia Iochuá, que  fala das passagens de Jesus Cristo, Eterno, que ilustra o Amor, e a  coreografia Mater, explicando o dom da maternidade, além de mais seis  espetáculos que não passaram despercebidos pela platéia.
O  Tributo ao Corpo existe a menos de um ano, mas, já demonstra a sua  importância social para Riachão, visto que a maioria dos dançarinos,  segundo Jorge, são meninos e meninas com alguma carência, e que muitos  deles no início apresentavam dificuldades de relações sociais.
 “A  dança mudou a minha vida, pra mim esse grupo é como uma família, e isso  tem me trazido muita alegria”, afirmou Emile Jackeline com um brilho  especial nos olhos.
 Ainda  de acordo com Jorge Cavalcante, coreógrafo formado pela Fundação  Cultural da Bahia e com formações técnicas em Balé pela extinta EBATECA,  Escola de Balé Teatro Castro Alves, em Balé  Folclórico, Dança  Contemporânea, Dança Regional e Moderna, Dança Afro, Flamenca, do Ventre  e tantas outras experiências como a de professor de Fanfarra, a sua  relação com os dançarinos é a de um pai. Segundo ele, para estarem no  Grupo é preciso que cumpram alguns requisitos, como por exemplo,  estudar.
 “Meus  alunos são meus filhos, conheço todos os seus problemas, são meninos e  meninas com algum tipo de carência, por isso, eu estou sempre disposto a  ajudar, até mesmo se for preciso, reclamo, oriento. Por exemplo, não  gosto de vê-los dançando pagode, acho uma dança vulgar que muitas vezes  denigre a imagem feminina e banaliza o sexo”, justificou o coreógrafo.
 Preconceito
Também  para o jovem dançarino, Leonardo Matos, apesar dos preconceitos que  ainda existem na cidade contra os meninos que dançam, a dança mudou a  sua vida. “É muito gratificante receber elogios das pessoas nas ruas, é  muito prazeroso ver o reconhecimento de nosso trabalho depois de tantos  ensaios”, disse Leonardo emocionado.
 Na  casa do coreógrafo, os meninos e meninas do Tributo ao Corpo costumam  se reunir, lá percebe-se em todos a satisfação pela dança, a integração  do grupo e a admiração em torno do mestre Cavalcante.
 Embora  tenham recebido apoio de algumas instituições da cidade, como dos  Colégios João campos, Maria Dagmar de Miranda e Osvaldo Cruz, e também a  ajuda efetiva de pessoas, como as professoras Jacivan Morais e Maria  Rusário, Jorge lamenta ainda a falta de espaço para os encontros e  ensaios do grupo.
Sugere  o Ginásio de Esportes, pois embora Cavalcante seja soterapolitano,  observa a utilidade desse espaço, muitas vezes utilizado para  apresentações culturais dessa natureza, contudo, hoje, encontra-se  totalmente abandonado pelo poder público e a possibilidade de um Centro  Cultural na cidade parece ainda mais distante.
 Um  dos objetivos do Tributo ao Corpo, segundo Jorge, é se tornar uma  Escola de Dança, por isso, ele diz esperar o apoio da sociedade  jacuipense, “afinal são todos meninos e meninas de Riachão que poderiam  estar nas drogas ou se prostituindo”, lembra o coreógrafo, que diz estar  muito satisfeito com sua nova vida na cidade.
 Para  quem ainda não conhece o Grupo Tributo ao Corpo, que tem a Produção e  Direção de Jorge Cavalcante, na administração Zelito Soares e na  Comunicação, Enzo Oliveira, no dia 14/02, próxima segunda-feira, o grupo  se apresenta nos Colégios Maria Dagmar de Miranda, João Campos e  Osvaldo Cruz.
 Será  sem dúvidas mais uma brilhante apresentação, além de uma nova  oportunidade para quem ainda não conhece o encanto da dança de meninos e  meninas jacuipenses.
 Por Laura Ferreira
http://www.interiordabahia.com.br/p_cultura/13520.html 

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