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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Riachão do Jacuipe - Grupo de Dança “Tributo ao Corpo” encanta a cidade

Muito encanto, magia e perfeição é o que o Grupo de Dança “Tributo ao Corpo” tem mostrado em suas apresentações nos finais de semana em Riachão do Jacuípe, na região sisaleira da Bahia. 

No último sábado, dia 06/02, o Tributo ao Corpo, dirigido pelo coreógrafo Jorge Cavalcante apresentou-se no colégio João Campos e mais uma vez encantou a platéia.
 Na oportunidade, com um grupo de mais ou menos 30 adolescentes, o Tributo ao Corpo mostrou para a comunidade Jacuipense porque precisa de seu apoio quando arrancou aplausos demorados com as seguintes coreografias: Existência, que ilustra a existência no planeta, Coreografia Iochuá, que fala das passagens de Jesus Cristo, Eterno, que ilustra o Amor, e a coreografia Mater, explicando o dom da maternidade, além de mais seis espetáculos que não passaram despercebidos pela platéia.
O Tributo ao Corpo existe a menos de um ano, mas, já demonstra a sua importância social para Riachão, visto que a maioria dos dançarinos, segundo Jorge, são meninos e meninas com alguma carência, e que muitos deles no início apresentavam dificuldades de relações sociais.
 “A dança mudou a minha vida, pra mim esse grupo é como uma família, e isso tem me trazido muita alegria”, afirmou Emile Jackeline com um brilho especial nos olhos.
 Ainda de acordo com Jorge Cavalcante, coreógrafo formado pela Fundação Cultural da Bahia e com formações técnicas em Balé pela extinta EBATECA, Escola de Balé Teatro Castro Alves, em Balé Folclórico, Dança Contemporânea, Dança Regional e Moderna, Dança Afro, Flamenca, do Ventre e tantas outras experiências como a de professor de Fanfarra, a sua relação com os dançarinos é a de um pai. Segundo ele, para estarem no Grupo é preciso que cumpram alguns requisitos, como por exemplo, estudar.
 “Meus alunos são meus filhos, conheço todos os seus problemas, são meninos e meninas com algum tipo de carência, por isso, eu estou sempre disposto a ajudar, até mesmo se for preciso, reclamo, oriento. Por exemplo, não gosto de vê-los dançando pagode, acho uma dança vulgar que muitas vezes denigre a imagem feminina e banaliza o sexo”, justificou o coreógrafo.
 Preconceito
Também para o jovem dançarino, Leonardo Matos, apesar dos preconceitos que ainda existem na cidade contra os meninos que dançam, a dança mudou a sua vida. “É muito gratificante receber elogios das pessoas nas ruas, é muito prazeroso ver o reconhecimento de nosso trabalho depois de tantos ensaios”, disse Leonardo emocionado.
 Na casa do coreógrafo, os meninos e meninas do Tributo ao Corpo costumam se reunir, lá percebe-se em todos a satisfação pela dança, a integração do grupo e a admiração em torno do mestre Cavalcante.
 Embora tenham recebido apoio de algumas instituições da cidade, como dos Colégios João campos, Maria Dagmar de Miranda e Osvaldo Cruz, e também a ajuda efetiva de pessoas, como as professoras Jacivan Morais e Maria Rusário, Jorge lamenta ainda a falta de espaço para os encontros e ensaios do grupo.
Sugere o Ginásio de Esportes, pois embora Cavalcante seja soterapolitano, observa a utilidade desse espaço, muitas vezes utilizado para apresentações culturais dessa natureza, contudo, hoje, encontra-se totalmente abandonado pelo poder público e a possibilidade de um Centro Cultural na cidade parece ainda mais distante.
 Um dos objetivos do Tributo ao Corpo, segundo Jorge, é se tornar uma Escola de Dança, por isso, ele diz esperar o apoio da sociedade jacuipense, “afinal são todos meninos e meninas de Riachão que poderiam estar nas drogas ou se prostituindo”, lembra o coreógrafo, que diz estar muito satisfeito com sua nova vida na cidade.
 Para quem ainda não conhece o Grupo Tributo ao Corpo, que tem a Produção e Direção de Jorge Cavalcante, na administração Zelito Soares e na Comunicação, Enzo Oliveira, no dia 14/02, próxima segunda-feira, o grupo se apresenta nos Colégios Maria Dagmar de Miranda, João Campos e Osvaldo Cruz.
 Será sem dúvidas mais uma brilhante apresentação, além de uma nova oportunidade para quem ainda não conhece o encanto da dança de meninos e meninas jacuipenses.
 Por Laura Ferreira

http://www.interiordabahia.com.br/p_cultura/13520.html

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