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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Riachão: prefeito Lauro Falcão e mais cinco pessoas foram ouvidas em segunda audiência do “Caso Feirão”

Segundo denuncias, neste feirão ocorreram varias irregularidades , cinco pessoas e o prefeito foram ouvidas
Na manhã desta quinta-feira (13) por volta das 10h no fórum Aberlad Rodrigues em Riachão do Jacuípe, aconteceu a segunda audiência do “Caso Feirão” que aconteceu no parque de exposições de Riachão no ano de 2005, e segundo denuncias, neste feirão ocorreram varias irregularidades , cinco pessoas e o prefeito foram ouvidas, o primeiro foi o senhor Antônio Roque, que na época do feirão era secretário de Agricultura e Desenvolvimento Econômico do governo municipal na primeira gestão do prefeito Lauro Falcão, o segundo ouvido foi Ricardo da Silva, minutos antes de entrar ele conversou com nossa reportagem e disse que seu nome teria sido usado para fazer empenho de notas na prefeitura referentes a serviços gráficos feitos no feirão, após Ricardo foi a vez da senhora Patrícia Ramos Falcão, ela na época era secretaria de Finanças e Serviços Públicos do município, seu depoimento durou cerca de 20 minutos, das cinco pessoas ouvidas o dela foi o que mais demorou, em seguida entrou para depor  Sandoval de Oliveira Trindade conhecido por “Sanduba” , e logo depois foi a vez do vereador Waldiney Pereira de Jesus, conhecido como “Boka dos Teclados” que segundo informações da denuncia ele na época abriu uma empresa em seu nome para prestar serviços também no feirão.
Documentos  em que a repórter Alana Adrielle teve acesso com exclusividade dão conta de que Waldiney Pereira de Jesus  “Boka”, Patrícia Ramos Falcão, o prefeito Lauro Falcão e Sandoval  Trindade o “Sanduba” seriam os réus do caso, os outros que deram depoimento seriam apenas testemunhas.


 Prefeito esteve tenso durante a audiência no Fórum

ENTENDA O CASO:
MP denuncia prefeito de Riachão de Jacuípe
O Ministério Público encaminhou ação penal originária ao Tribunal de Justiça da Bahia em que pede o afastamento cautelar e a prisão preventiva do prefeito Lauro Falcão Carneiro (PMDB), do município de Riachão do Jacuípe, a 180 km de Salvador. A denúncia é referente ao Processo 1692836-2/2007, que diz respeito ao XI Feirão de Animais e Produtos do Vale do Jacuípe, realizado no município em fevereiro de 2005. Na ação, os promotores Eny Magalhães Silva Araújo e Valmiro Santos Macedo alegam que o prefeito Lauro Falcão contratou diretamente a empresa Éshow Multishow Produções e Assessoria de Eventos Ltda. para que esta fornecesse à Prefeitura toldos e uma arquibancada armada em tubos galvanizados, ferro e madeira, que serviriam à Feira de Animais. O MPE apurou ainda que “o objetivo do gestor municipal era favorecer aos seus apadrinhados políticos e colaboradores da campanha eleitoral de 2004, Sandoval de Oliveira Trindade (Sanduba) e Waldinei Pereira de Jesus (Boka), os dois sócios da empresa citada acima”. Nos depoimentos colhidos pelo MP a própria secretaria Patrícia Ramos Falcão reconhece que não havia instalado a arquibancada, nem os toldos. O mais grave é que a empresa Éshow foi constituída em 14 de fevereiro de 2005, e os contratos trazem datas anteriores ao evento.
Existe também o processo do ônibus comprado em 2006 que ainda esta sendo apreciado também pelo TJ da Bahia.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual contra o prefeito Lauro Falcão sobre o superfaturamento na compra de um ônibus Volare, foi acatada por unanimidade durante julgamento da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia, nesta quinta-feira (17).
Na semana passada, a mesma Câmara acatou a denúncia, também do MP, referente a irregularidades apontadas na prestação de contas do Feirão realizado no município de Riachão do Jacuipe. Com as duas decisões, agora o prefeito Falcão terá contra si dois processos complicados, que serão julgados em sessão especial do Tribunal de Justiça da Bahia, que substitui as antigas sessões especiais do Pleno, realizadas às sextas-feiras, por isso chamadas de “sexta do terror”.

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