As reuniões ordinárias do grupo são abertas e qualquer cidadão pode participar e ocorrem toda 1ª terça-feira de cada mês, na ASPAM.

Não aceitaremos mais comentários anônimos


Entendemos que todo anônimo (ou FAKE) que agride é, por essência, um covarde, uma pessoa que quer atirar pedras no telhado alheio e se esconder, por isso tomamos a decisão de não mais publicar comentários anônimos.

Formamos uma comunidade, onde cada um se assume, tem nome, endereço e trabalho. Expomos nossos nomes em público, todos sabem quem somos, portanto não nos cabe permitir que anônimos venham a difamar as pessoas.

Todo comentário, contrário ou não a nossa causa, será publicado, desde que devidamente identificado

Instalamos um plugin que ao receber um novo comentário, se for anônimo ou estiver com perfil não disponível, é jogado automaticamente na lata de lixo (Spam), de modo que nem mesmo serão lidos, poupa-nos o tempo necessário a se dedicar a coisas mais úteis. Quem quiser escrever comentários, deverá se identificar.

Cremos que as pessoas de bem entenderão... as outras não nos farão falta!

Obrigado pela atenção.


Você acha que a Câmara de Vereadores está exercendo, de maneira satisfatória, o seu papel de fiscalizar o dinheiro público?

domingo, 28 de agosto de 2011

O Brasil dos 37 ministérios

Como todo mundo já percebeu, os escândalos nos ministérios ainda não têm data marcada para acabar. Depois do ministério dos Transportes, da Agricultura e da Casa Civil, a vez agora é do Turismo e das Cidades. Depois, quem sabe?

O fato é que temos hoje no Brasil, nada menos que 37 ministérios de governo. É muita coisa. É claro que uma quantidade dessas está longe de ser eficiente para a administração do país. Parece mais um subterfúgio para negociatas partidárias com aliados, apadrinhados e outros cabides políticos para inchar o orçamento do Estado, se intrometer nos mercados e na livre iniciativa dos cidadãos.

Como resultado, temos ministérios completamente sem sentido, que na verdade deveriam ser Secretarias dentro de outros órgãos do governo ou mesmo agências reguladoras. Só para citar alguns casos, temos um ministério da Pesca, um ministério das Cidades e um ministério da Integração Nacional. Isso sem falar das nove secretarias especiais, que também têm status de ministério, como a secretaria de Políticas da Mulher, a secretaria de Aviação Civil ou a secretaria de Assuntos Estratégicos, que ninguém sabe direito o que faz.

Nós aqui na Voz do Cidadão fizemos uma pesquisa sobre a quantidade de ministérios de cada governo nas últimas décadas, e o resultado é que vemos uma nítida escalada por mais e mais ministros. Confira abaixo:

Número de Ministérios de Governo

- Getulio Vargas - 13
- Juscelino Kubitschek - 13
- Ernesto Geisel - 20
- João Figueiredo - 16
- Sarney - 25
- Collor - 17
- Itamar Franco - 19
- Fhc - 24 / 26
- Lula - 24 /24
- Dilma Rousseff - 25 + 9 secretarias com status de ministério

http://www.avozdocidadao.com.br/detailAgendaCidadania.asp?ID=2929

Artigo de Malu Fontes: Bangbang, Cinismo e Mortes

Enquanto grupos políticos, em Brasília, cada vez mais se assemelham aquadrilhas brigando de foice por e para tirar cada moeda possível dos cofrespúblicos, ao ponto de um ministro de Estado, numa espécie de chantagem nadavelada para bom entendedor, insinuar que se uns continuarem denunciando osoutros vai haver derramamento de sangue entre irmãos e todos morrerão, no chão do país de verdade quem está morrendo mesmo é a população desprovida de saúde.Nos últimos dias, um exemplo nacional e outro local exibidos pela televisãoestamparam o quanto o mar de corrupção e as intrigas políticas geradas em tornodele se traduz no dia a dia na ausência do estado na vida de quem precisa ou naprestação de serviços inclassificáveis de tão desumanos.
Em agosto, os telespectadores baianos foram assombrados por imagens deum exército de mais de 2.000 pessoas doentes derretendo de calor, cansaço esofrimento físico em frente ao Hospital Ana Nery, indicado pelo poder públicocomo o hospital de referência em cardiopatia. Embora nada justifique a presençade dois milhares de pessoas implorando por atendimento médico desde a madrugadaaté o meio da tarde para pegar esse perverso direito de voltar para casa comesperança de ser atendido um dia, ou seja, o direito à tal da senha para obteruma ficha, os responsáveis pela unidade vieram para a frente das câmerasexplicar que havia ocorrido tão somente um erro no sistema de agendamento. Paraquem via as imagens e o desespero das pessoas no local era impossível aceitar atese de que tudo poderia ser reduzido a um erro de sistema.
VALE-FUNERAL – Umoutro argumento sempre usado pelo ajuntamento desumano de gente doente em portade hospital é o de que as pessoas, se doentes e sem possibilidades deatendimento, jamais devem vir para a capital em busca de atendimento. Odiscurso é belo e aparentemente funcional: devem procurar as prefeituraslocais, cadastrar-se e esperar que estas providenciem o agendamento doatendimento em Salvador, via centrais de regulação. Quem acreditar naeficiência desse sistema ganha um doce e quiçá um vale-funeral. O povo, que demuito bobo só tem a aparência, sabe que a política pública da regulação doatendimento entre prefeituras e sistema único de saúde na capital pode serperfeitamente traduzível, com raríssimas exceções, por uma sentença do tipo: esperem,em seu município, passivamente, a morte chegar. Não venha tumultuar as portasdos hospitais com sua pressa por atendimento, pois não há vagas, não há leitosdisponíveis. Essa é a tradução da regulação.
Um dia antes de um ministro, Mário Negromonte, do PP, baiano, inclusive,quando submetido a denúncias de ter criado um mensalinho para remunerar o apoiodos colegas de bancada mais pragmáticos, dizer, em tom de ameaça, que “em brigade família, irmão mata irmão, e morre todo mundo. Por isso eu disse que issovai virar sangue”, quem praticamente morria em uma maternidade de referência,em Belém, que lhe batera a porta na cara, era uma mulher em trabalho de partode gêmeos. Os bebês nasceram mortos e, independentemente de a causa mortis tersido a negligência, é impossível compreender que uma mulher em sofrimento departo tenha duas portas na cara em duas maternidades diferentes e acabe parindobebês mortos em uma viatura do Corpo de Bombeiros.
DONO DECAPITANIA – Bastou o Jornal Nacional ir à maternidade para o discurso surreal desempre recomeçar. Não se sabe de quem é a culpa, os médicos que estão na pontade um sistema perverso não podem se tornar bode expiatórios, as maternidades jáestavam superlotadas e a culpa é do sistema como um todo. Sim, a culpa é dosistema, mas não apenas o de saúde, mas o político, ético e moral do país. Oimpostômetro instalado em São Paulo corre voraz todos os dias anunciandoquantos milhões, bilhões, os brasileiros deixam nos cofres públicos a cada balaque compram e a cada salário que recebem. O sistema que faz faltar dinheiropara maternidades ampliarem vagas, instalar leitos, contratar médicos ou para aconstrução de novos hospitais é o mesmo que sempre dá um jeito de reservar umdinheirão para mensalinhos e para o combustível dos helicópteros da PolíciaMilitar do Maranhão que conduzem o mais prestigiado dono de capitaniahereditária do Brasil, José Sarney, em sobrevoos para ver as belezas de suailha de estimação no estado. E ele sente-se tão à vontade com isso que sepermite brincar a respeito publicamente.
No mesmo dia em que a realidade da maternidade em Belém onde houve anegação de atendimento à mãe dos gêmeos mortos no parto mudou completamente,por conta da presença das câmeras do Jornal Nacional, nobres senadores, quemsabe estimulados pelo clima Negromonte de insinuar morte de irmão e sangue,trocaram acusações no plenário e por conta não encenaram um bang bang desopapos. Os afagos morais oscilavam em torno de termos como safado, débil mental,louco e moleque. Em Belém, o representante dos médicos dizia que estes nãopodem ser o bode expiatório da crise na saúde. Autoridades do sistema de saúdee jurídico diziam ter havido falta de solidariedade no caso da grávida. Todostêm razão sob seu ponto de vista, enquanto o mais elementar fica desfocado: oshomens públicos que deveriam empreender todos os esforços para reduzir osofrimento humano no país, estão mesmo é exercendo o cinismo, as ameaças, aschantagens à companheirada e interessados tão somente na briga por poder,cargos e desvios de dinheiro. Pacientes em desespero e médicos incapazes de darconta da demanda que se entendam e se acusem entre si por negligências e mortes.Esse é o recado que boa parte de ministros, deputados e senadores mandam deBrasília. Justo Veríssimo é a tendência no Planalto Central.
Malu Fontes é jornalista, doutora em Comunicação e Cultura e professora daFacom-UFBA. Texto publicado originalmente em 28 de agosto de 2011, no jornal ATarde, Salvador/BA. 

http://www.comunicacaoepolitica.com.br/blog/2011/08/artigo-de-malu-fontes-bangbang-cinismo-e-mortes/

Seria cômico... se não fosse trágico!

http://blogdozeca100.blogspot.com/2011/08/corrupcao-de-sarney-lula.html

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pobres Corruptos

"Corrupção é um assassinato em massa, uma chacina"

 Por Josmar Verillo*

Juntamente com uma avalanche de denúncias de casos de corrupção que tomou conta do país nas últimas semanas, veio também uma onda de consternação de autoridades, juristas, e outras pessoas de fino trato, manifestando preocupação com a dignidade dos corruptos.

Afinal, o que eles fizeram de errado foi apenas desviar recursos que deveriam ser usados para educação, infraestrutura, saúde; e outras aplicações normalmente voltadas para os mais carentes. Isso não é tão grave na visão dessas pessoas, a ponto de se humilhar o ladrão com um par de algemas e uma foto no jornal.

A maioria dos dinheiros desviados nesse país iria beneficiar aquela população mais desassistida, que vota normalmente nos candidatos mais populistas, e que menos fiscaliza os gastos do governo.

Um desses elementos foi flagrado ensinando como superfaturar contra o governo. É governo mesmo, multiplica por três o preço. Essa orientação deve estar classificada por alguns como atividade educativa. Já que a regra geral está sendo roubar do governo, porque não ensinar aos amigos essa arte? E roubar no Brasil não dá nem perda de dignidade, imaginem punição pelos crimes cometidos!

Colocar algemas nos corruptos fere a sua dignidade e isso pode atrapalhar as suas atividades futuras. E ademais o que a comunidade, os amigos, os parentes vão pensar dele? Um cidadão exposto à execração pública só porque roubou recursos de milhares de outros cidadãos? Nem pensar, o que irá depois a sociedade pensar dos corruptos? Isso pode lhes estragar a reputação e atrapalhar os negócios.

Por parte de pessoas que deveriam estar preocupadas com o zelo do patrimônio público houve mais preocupação com a dignidade dos corruptos, do que com os atos que os mesmos estavam praticando. Desviar recurso público não é um atentado contra a dignidade das vítimas, mas colocar uma algema no ladrão, atenta contra a dignidade do mesmo!

Em um país conhecido pelo rigor contra o crime como é os Estados Unidos, o Presidente do Fundo Monetário Internacional pode sair algemado da primeira classe de um voo pela acusação de uma única pessoa. Mas no Brasil, mesmo com enormes evidências de que corruptos estejam roubando o futuro do pais, prejudicando toda uma geração, eles não podem ser algemados e nem fotografados, pois isso atenta contra a sua dignidade.

Isso é um absurdo tão grande, e explica um pouco porque temos tanta impunidade nesse país. Nós somos o país dos bonzinhos, da tolerância, da malandragem, e dos sabichões que advogam em causa própria.

Tramita no Congresso um projeto de lei que torna a corrupção um crime hediondo, pois a corrupção é um assassinato em massa, uma chacina. Só que eles não são tão visíveis.

O que se espera das autoridades desse país, dos deputados e senadores, é que votem essa lei que servirá mais ao país, do que se preocupar com a dignidade do corrupto. Esse já perdeu a dignidade quando decidiu se apoderar de recursos que não lhe pertencem, prejudicando outros serem humanos.

Não adianta o desejo de alguns de atribuirem aos corruptos uma dignidade que eles não tem. De onde saiu essa noção mais absurda de que se deve preservar a dignidade dos corruptos?

Ao tentarem atribuir uma dignidade que os próprios corruptos se negam, as autoridades brasileiras ferem a dignidade da população honesta que paga impostos, e aquela que necessita dos bens públicos para atingirem um nível mínimo de bem estar.

Igual jabuticaba, isso só existe no Brasil, o país dos bonzinhos!

* Josmar Verillo é administrador de Empresas, Doutor em economia pela Universidade Estadual de Michigan, e Membro do Conselho de Administração da Amarribo Brasil.


 http://www.avozdocidadao.com.br/detailAgendaCidadania.asp?ID=2913

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CURSOS DA ESCOLA VIRTUAL DA CGU

Atualmente a Escola Virtual da CGU disponibiliza os seguintes cursos:

Controle Social e Cidadania
Destinado a conselheiros, representantes de organizações não governamentais, lideranças comunitárias e cidadãos em geral, este curso trabalha questões relativas ao exercício da cidadania e, em especial, do controle social da administração pública.

Inscrições para a 13ª edição, a partir das 10h de 19/10/2011, confira!

Controle Social do Fundeb
Curso auto-instrucional (sem tutoria) destinado a membros dos conselhos de educação e outros profissionais da área, interessados no tema. O curso apresenta a legislação e os conceitos básicos relativos ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.
Inscrições para a 6ª edição, a partir das 10h de 20/09/2011, confira!

Licitações e Contratos Administrativos

Destinado a servidores públicos que atuam nos processos de compras públicas, especialmente no âmbito Municipal, o curso apresenta conceitos e dispositivos constantes da Lei 8.666/93 e legislação correlata.
Início das inscrições para a 7ª edição, a partir das 10h 20/09/2011, confira!
 
Para se inscrever, clique AQUI

Riachão: Barreiros promove com muito êxito 1º Dia de Ação Social e Cidadania

Um grande evento de ação social e cidadania foi oferecido à comunidade de Barreiros, em Riachão do Jacuipe, com atividades e serviços diversos.

O evento contou com cabeleireiros, odontólogo, manicure, fisioterapeuta, oftalmologista, advogado, enfermeiras, agentes de saúde, informática, agroecologista, além da presença de órgãos como a Embasa, Correios, EBDA, ASCOB, CLOSB, Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Embasa disponibilizou dez funcionários, sete da Regional de Feira de Santana e mais três do escritório de Riachão do Jacuípe para oferecer serviços de religação de água, negociação de contas em atraso  e palestra sobre o uso racional da água.

Na área de saúde contamos com a odontóloga Suely Castro, que compareceu como voluntária juntamente com a sua equipe e, três agentes de saúde, que a auxiliaram na aplicação de flúor.

Compareceram também enfermeiras, e auxiliares de enfermagem aferindo pressão  e fazendo teste de glicemia.

O stand mais concorrido foi o da área de estética, que teve a presença de vários cabeleireiros, manicures, depiladora etc.

Eduardo Emídio dos Santos apresentou no seu stand palestra divulgando os benefícios da Agroecologia, e trouxe amostras de produtos cultivados em sua propriedade.

O advogado Nailton Luís do município de Nova Fátima prestou consulta jurídica a  diversas pessoas.

A emissão de CPF foi feita através dos Correios, a EBDA, prestou assistência técnica para implantação da horta escolar, além de emitir DAP.

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais fez renovação de carteiras, além de trazer proposta para novos associados.

Manuel Messias optometrista realizou exames de vista, e exames preventivos. Os serviços de iniciação à informática foram oferecidos na sede da escola, e no Infocentro.

Participação
A escola também contou com o apoio de toda sua equipe de funcionários, professores, alunos, direção.

Aproximadamente 500 pessoas foram atendidas e, segundo a professora Gilse, uma das coordenadoras do evento, o projeto vai continuar “Esperamos que este seja o primeiro de muitos outros eventos que pretendemos realizar, e  nos próximos possamos  contar também  com a colaboração da Prefeitura Municipal de Riachão na disponibilização de diversos profissionais  como médicos, nutricionistas, fonoaudiólogos, etc.”, comentou a professora.

O Diretor Epitacio falou que “o evento cumpriu o seu papel social junto à comunidade barreirense e especialmente com pessoas como Sr. Luís Carlos de Cristo, um grande incentivador e a rádio Barreiros FM, que tem realizado a cobertura dos principais acontecimentos culturais  promovidos por esta localidade”.

Por: Equipe do CEDRO - Barreiros FM

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Riachão do Jacuípe pode se empenhar mais no combate às drogas


Em 2001, a Igreja Católica, ao lado de outras igrejas cristãs, realizou uma importante Campanha da Fraternidade, com o tema “Vida sim, drogas não”. Foi quando em Riachão do Jacuípe mais se discutiu o problema que direta ou indiretamente atinge toda a população. Os jovens realizaram peças e até um filme educativo, de maneira a prevenir o consumo de drogas lícitas como o álcool e o cigarro, e a dependência química, que tem resultado igualmente devastador.

Dez anos depois, praticamente nada mudou, na cidade, e é possível até dizer que a violência aumentou. Violência, como todos sabem, costuma ser resultado de alcoolismo, consumo de drogas mais pesadas ou disputa entre aqueles que lucram com isso tudo.
Hoje, não há campanha nenhuma em andamento, o trabalho preventivo que existe é válido, mas ainda é pouco. Como resultado, temos uma sociedade apreensiva, neurótica, desconfiada, especialmente entre aqueles que têm comércio e outras posses e vivem angustiados pela defesa de seu patrimônio. É claro que é preciso garantir a segurança pública, mas o maior patrimônio de uma sociedade é sua capacidade de existir de maneira integrada.

Muito pelo contrário, o que aqui se vê é uma maioria de pessoas voltada ao próprio umbigo, pouco interessada em projetos sociais. Não conseguem entender a economia como um todo, não aprenderam a exigir mais firmeza dos poderes públicos, esperam de boca aberta que a paz social caia pronta do céu, enquanto adolescentes e jovens são deixados à própria sorte e à mercê da televisão que, com alguns conteúdos imbecis, formam e deformam a mentalidade de gerações inteiras. O consumo e o tráfico de entorpecentes vem na esteira disso tudo.

A Pastoral da Sobriedade, a propósito, está preparando uma série de seminários capazes de alcançar as famílias dos alunos de algumas escolas, a fim de que se comece a tratar os pais dos consumidores de drogas em potencial, porque se entendeu que é preciso atacar as causas do problema e não apenas seu resultado, mas não cabe à Igreja fazer o papel do Estado nem do Município. Daí porque as autoridades públicas já deveriam ter adotado medidas mais eficazes para conter a violência decorrente do tráfico e consumo de drogas, mas agem de forma improvisada e tardia, limitando-se praticamente à repressão e esquecendo-se de garantir a renda, a cultura e o lazer na medida da necessidade e da quantidade da população juvenil.

Medo, alarde e especulações em torno das drogas são uma forma medíocre e até irresponsável de reagir ao problema. Uma sociedade madura e uma administração pública competente enfrenta a questão de outra maneira. É precisamente essa capacidade política e técnica que faz falta em Riachão do Jacuípe.
José Avelange, integrante da ONG Mobilizadores Sociais.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Prefeitura responsabiliza totalmente a S&R Concursos em audiência pública

Ocorreu, nesta quinta-feira, dia 11, uma audiência pública de iniciativa da ONG Mobilizadores Sociais para discutir os rumos do concurso público aberto pelo município e não realizado no prazo previsto pelo edital. O evento começou por volta das 20:00h, no Clube Lira Oito, com a participação de dezenas de pessoas interessadas no assunto e de representantes de instituições convidadas. A prefeitura enviou o procurador jurídico Filipe Sales e a presidente da comissão de realização do concurso, Geiza. Eles mais uma vez evidenciaram a incompetência e má fé da empresa S&R Concursos, que também foi oficialmente convidada pela organização da audiência a prestar informações, mas não compareceu. O Ministério Público também não enviou representante e foi repudiado pelos participantes.
 
Durante a reunião, o assessor jurídico dos Mobilizadores Sociais, Dr. Francisco Tadeu também demonstrou, através de documentos e notícias de jornal, a falta de idoneidade da S&R Concursos, observando que, não apenas a empresa, mas até o seu proprietário responde pessoalmente por estelionato. Em seguida, os cidadãos passaram a questionar os representantes da prefeitura que se limitaram a explicar todo o procedimento após a licitação. Quando questionados sobre a data da licitação, o horário, os concorrentes e quem fazia parte da comissão de licitação que aprovou o nome da S&R, não souberam responder.
             
De acordo com integrantes dos Mobilizadores Sociais, a falta de informação da procuradoria jurídica do município sobre as condições em que foi feita a licitação pode ser um indício de irregularidade no processo que elegeu a S&R Concursos como sendo uma empresa capaz de cumprir com as obrigações propostas.
             
O fato dos representantes da administração gastarem todo o tempo explicando o que aconteceu após a licitação pode ser uma estratégia para desviar a atenção do público quanto ao que aconteceu antes, ou seja, no momento da licitação, se é que houve realmente uma licitação, já que nem o procurador jurídico da prefeitura tinha informações claras sobre o processo licitatório. Dr. Filipe disse que os documentos podem ser requisitados, mas o histórico da administração atual, quando se trata de realizar concursos, não inspira confiança em certos documentos públicos emitidos por ela.
         
A audiência terminou aproximadamente às 22:30, com o comprometimento do procurador jurídico, no sentido de que a solução para o problema do concurso deve acontecer num prazo aproximado de um mês, embora alguns participantes tenham manifestado sinais de descrença.
                
Os Mobilizadores Sociais estão disponbilizando o Jurídico para mover uma ação popular, com o intuito de que o concurso seja realizado por outra empresa e que o dinheiro das inscrições seja devolvido para os candidatos que desejarem desistir do concurso. Os interessados podem procurar os integrantes da ONG, apresentando cópia do comprovante de inscrição, RG e CPF.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Jacuipenses podem fazer escolha profissional com mais segurança

Os interessados poderão ter acesso ao serviço, independentemente de classe social. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (75) 8198-0525.

Uma parceria entre profissionais da Educação e a Câmara de Dirigentes Lojistas possibilitou a oferta de Orientação Profissional e Orientação Vocacional Escolar com custo acessível para todas as faixas de renda, em Riachão do Jacuípe. O serviço é destinado a jovens e adultos que queiram conhecer melhor suas próprias aptidões e descobrir pistas para a auto-orientação. Com isso, poderão escolher profissões e até mesmo alternativas de renda, de forma mais segura.
De acordo com o professor Eugênio Daniel, mestre em Ciências e Práticas Educativas, “encaminhar para a escolha da profissão é possibilitar um encontro que dê ao indivíduo caminhos para sua realização pessoal e profissional”. Diante de tamanha importância, a orientação vocacional escolar poderia ser oferecida gratuitamente pela rede pública de ensino, mas infelizmente não é o que acontece. Até o presente, apenas pessoas que podiam pagar uma quantia considerável, em cidades maiores, tinham acesso a este tipo de orientação. Com a iniciativa de José Avelange, que integra a Associação Brasileira de Orientadores Profissionais, e do presidente da CDL, Francisco Guimarães, os interessados poderão ter acesso ao serviço, independentemente de classe social. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (75) 8198-0525.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Em defesa do Alto do Cruzeiro

Tal e qual os morros do Rio de Janeiro, o bairro do Alto do Cruzeiro, em Riachão do Jacuípe, adquiriu a pecha do tráfico, da dependência química e da violência. Com tais atributos ressaltados por muitos, os moradores da área se tornaram alvo do preconceito de endereço, que não é mais um privilégio das cidades grandes, apenas.

Certa vez, um universitário que reside no bairro contou que, ao voltar da faculdade, à noite, foi abordado por um policial, que perguntou o que ele estava fazendo na rua. Ao responder que estava voltando da faculdade, o policial não acreditou na resposta do jovem, simplesmente porque não podia admitir que um morador do Alto do Cruzeiro, negro, pudesse cursar o nível superior.

Nos últimos dias, a violência recrudesceu naquela parte da cidade, sem a devida atenção da maioria das autoridades públicas locais e com os devidos alardes daqueles que se contentam em comentar com outros as cenas de horror. Possivelmente, todo o problema decorre de situações originadas fora do bairro, quem sabe até nas áreas mais nobres que se possa imaginar.

No Alto do Cruzeiro vivem trabalhadores dignos, gente que é exemplo, que sua a camisa para conquistar o pão e a moradia decente, mas que conhece e convive com outras pessoas tristemente afetadas pela praga das drogas lícitas e ilícitas. Por conhecer essas pessoas e, muitas vezes, por procurar ajudá-las, estes trabalhadores dignos, estes pais e mães de família são tidos como participantes do mesmo destino tortuoso com o qual se procura identificar o bairro, enquanto os verdadeiros responsáveis por tantos males permanecem distantes e livres para continuar a alimentar a fábrica de tanta violência e desolação.

Quando exerci o Mandato de Vereador, requeri ao Município e ao Estado uma política pública específica para o Alto do Cruzeiro. Não pedi repressão à violência, apenas, mas principalmente trabalho e renda para a população. Não houve resposta, não houve apoio e hoje escuto o apelo emocionado de uma professora que mora por lá e que pede providências, pois não é possível que, à luz do dia, ou num horário qualquer, tiroteios aconteçam em plena rua, como ocorreu nos últimos dias, podendo vitimar adultos e crianças que brincam nas calçadas.

É preciso começarmos a levar em conta que a cidade sofre, não apenas pelo consumo e pelo tráfico de entorpecentes, mas também e, quem sabe até, principalmente, pelo preconceito, pelas ideias fúteis, pela indiferença absurda em relação às causas de todo tipo de desordem.

Precisamos exigir segurança para o Alto do Cruzeiro, mas que antes se exija também respeito para com seus habitantes, evitando-se toda forma de comentário infeliz, preconceituoso, precipitado e sem fundamento, porque as causas dos problemas, ou pelo menos a omissão diante deles, partem do centro – O centro de decisões que muitas vezes decide mais por si mesmo e menos por um povo que já não agüenta mais tanta exposição ao perigo e tanta discriminação.

Repasse este manifesto como um grão de areia na vastidão de coisas que podem vir a ser feitas. Ao menos, já é um começo. 

Paz para o Alto do Cruzeiro!

José Avelange, integrante da ONG Mobilizadores Sociais.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ONG encontra poucas mudanças e muitas irregularidades em Chapada

Na última terça-feira, integrantes da ONG Mobilizadores Sociais voltaram ao povoado de Chapada para averiguar a situação do Posto Médico e das Jornadas Ampliadas, onde a entidade encontrou muitas irregularidades, durante a visita realizada no primeiro semestre. 

Desta vez, os Mobilizadores encontraram algumas melhorias realizadas após as denúncias, mas outras situações irregulares não mudaram. As paredes dos imóveis onde funcionam as jornadas ampliadas estão pintadas e foram feitos pequenos reparos no telhado dos imóveis. No segundo prédio visitado pelos Mobilizadores, o disjuntor de eletricidade encontrado quebrado e exposto ao alcance das crianças, anteriormente, foi substituído, mas a unidade da jornada não estava funcionando. De acordo com informações de moradores, não houve aula na terça-feira porque alguém quebrou a chave da porta de entrada.
 
 
 
No posto de saúde da família, onde as mudanças foram poucas, os cidadãos fiscalizadores encontraram logo na recepção as mesmas cadeiras quebradas verificadas na primeira visita. O principal equipamento do consultório odontológico que havia sido retirado do PSF agora foi substituído por um outro, em condições precárias, amarrado com borrachas improvisadas para segurar a lâmpada que ilumina a boca dos pacientes.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Escola Municipal Castro Alves, também visitada pelos Mobilizadores, revelou algumas particularidades intrigantes. As turmas formadas por crianças, em sua maioria, estão espalhadas por diferentes endereços do povoado de Chapada. Uma turma funciona no infocentro, outra num prédio anexo e uma outra, estranhamente, no posto de saúde. Já o infocentro não funciona e o teto está desabando. As salas dos computadores permanece fechada e ao solicitar ao administrador do povoado para abri-la, ele afirmou que a chave ficou com “uma menina” e que esta viajou e não poderia abrir o recinto para a averiguação dos cidadãos.
No prédio principal da Escola Castro Alves, foram encontrados materiais de construção em salas de aula cheias de crianças de aproximadamente seis anos de idade. No corredor, ao lado, ficam expostos materiais diversos que põem em risco a segurança das crianças e uma telha foi observada prestes a cair sobre a turma. Os móveis escolares são de má qualidade e o filtro fica exposto numa cadeira comum, com poucos copos à disposição para todos os alunos. Os banheiros funcionam em más condições e, além disso,  o infocentro, que abriga uma das turmas, não tem chave para a porta principal, que dorme aberta, obrigando os professores a guardar seus materiais em um dos banheiros, porque tem como ser trancado. Com isso, apenas um banheiro funciona no referido espaço para professores e alunos, ao mesmo tempo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em outras escolas municipais, a situação não é diferente, incluindo a existência de quadros de giz, apesar de uma lei municipal proibir o uso deste tipo de quadro, há mais de dois anos. Na Escola José Rufino, por exemplo, a sala dos professores é o corredor e os móveis escolares, em péssimas condições, foram doados pela comunidade, de acordo com informação de uma professora que prefere não se identificar.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depois de averiguar as jornadas ampliadas, os Mobilizadores visitaram o abatedouro do povoado que também foi denunciado por más condições de funcionamento, durante a primeira visita. Neste espaço, nada mudou após as denúncias. O lugar continua fétido e inadequado, apesar de toda a rigidez com que o Ministério Público vem agindo no resto do município, quanto à comercialização de carnes e leite.
 
 
O prefeito Lauro Falcão se pronunciou nesta quarta-feira, numa emissora de rádio da cidade, sobre a nova visita dos Mobilizadores a Chapada, e disse que isso é coisa de pessoas maldosas, apesar das irregulares estarem registradas em fotografias e terem sido testemunhadas por mais de duas pessoas. Felizes, alguns moradores agradeceram a visita dos Mobilizadores e conselheiros municipais e disseram que alguma coisa mudou, depois das denúncias.