Nos últimos anos, ocorreu uma explosão de talentos literários, em Riachão do Jacuípe, com o lançamento de quase uma dezena de livros escritos por autores locais. Com tudo isso, o município não dispõe de nenhuma política de apoio cultural democrática e acessível aos artistas e escritores. Até mesmo um concurso anual de redação instituído pela lei 460/2005, de autoria do Mandato Popular, jamais foi realizado, possivelmente por questões políticas. O costume, em cidades como esta, é que os apoios culturais estejam sempre atrelados à divulgação de nomes de políticos, o que é ilegal e deselegante para qualquer artista que se preze.
Documentaristas e artistas plásticos que já pleitearam recursos públicos, junto à prefeitura, para a realização e exposição de suas obras, queixam-se de falta de uma política clara de incentivos e, pior ainda, há sinais de desleixo e má vontade, a ponto de uma representante da administração municipal ter dito que, com o dinheiro solicitado para se produzir um documentário, por exemplo, é preferível contratar uma banda.
A cidade está perdendo oportunidade de registrar e preservar sua própria memória e de gerar trabalho e renda, na medida em que não investe em nenhum tipo de cultura mais elaborada, limitando-se a pagar pela apresentação de bandas, muitas vezes de forma ilegal. O resultado é um São João que muitas pessoas vêm classificando como um fiasco, além da falta de visibilidade para o artesanato, a literatura e o audiovisual, que poderiam atrair atenção e recursos para o município.
Fonte: Sala de Leitura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
ATENÇÃO:
Por entendermos que todo aquele que agride aproveitando-se do anonimato é essencialmente um covarde, uma pessoa que quer atirar pedras no telhado alheio e se esconder, aqui não serão mais publicados comentários anônimos.
Formamos uma comunidade, onde cada um se assume, tem nome, endereço e trabalho, não se concebe que nós exponhamos nosso nome em público, e permitamos que anônimos venham a difamar as pessoas.
Cremos que as pessoas de bem entenderão... as outras não nos farão falta!